Após décadas de migração das elites para bairros cada vez mais afastados do centro da cidade de São Paulo, nos últimos anos bairros centrais como Santa Cecília, Vila Buarque, República e Consolação passaram a ser foco de um crescente interesse de jovens de camadas médias e altas da sociedade. Em geral, são pessoas alinhadas a um espectro político progressista, trabalham em áreas que valorizam a criatividade, e fazem questão de usufruir de toda a diversidade cultural e de serviços que a região oferece. A chegada desses novos moradores e frequentadores foi acompanhada da inauguração de novos cafés, lojas, restaurantes e espaços culturais e de sociabilidade, e despertou diversos questionamentos sobre os impactos negativos que esse fenômeno poderia causar no tecido social da região – como o aumento do custo de vida e a redução da diversidade socioeconômica local.
São Paulo, a cidade na escala hipster: um estudo sobre cosmopolitismo, “gentrificação” e trabalho
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Este livro é o resultado de uma pesquisa antropológica realizada entre 2016 e 2019 no bairro da Vila Buarque, e apresenta uma breve contextualização histórica das transformações pelas quais o bairro e seu entorno passaram desde sua urbanização, no final do século XIX, e analisa os diferentes processos envolvidos na consolidação de uma “cena hipster” no Centro – tais como a circulação de referências estéticas, tendências de consumo e estilos de vida em escala global, os impactos da precarização do mercado de trabalho nos novos estabelecimentos voltados a esse público, e os debates sobre a segregação urbana que esse fenômeno pode provocar.
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