Trabalhadoras domésticas fazem parte do imaginário popular e do cotidiano da sociedade brasileira. Todo mundo conhece uma, todo mundo quer opinar sobre o assunto. Tema de músicas, filmes, novelas e telejornais, a história das trabalhadoras domésticas no Brasil vai além das notícias de violações de direitos humanos, humilhações no local de trabalho e falta de reconhecimento social. Este livro fala sobre a história de organização e mobilização política de mulheres que capitanearam uma luta que se estende até os dias atuais. A partir do ingresso na organização sindical, a trajetória de vida dessas mulheres é profundamente alterada. Muitas vezes mulheres migrantes e não brancas, as trabalhadoras domésticas presentes neste livro se entendem como sujeitas de direito, e reentendem suas identidades por meio do movimento sindical. Na casa e na causa: a organização sindical das trabalhadoras domésticas (Rio de Janeiro, 1961-1973) aborda diferentes aspectos sobre a organização sindical de trabalhadoras domésticas no Brasil. Em especial, aborda a organização e a trajetória da Associação Profissional de Empregadas Domésticas do Rio de Janeiro entre a data de sua criação, 1961, até 1973, ano em que foi criada a Lei n° 5.859. Essa foi a primeira lei a estender direitos trabalhistas, há muito garantidos a outras categorias profissionais, às trabalhadoras domésticas. A despeito de sua pouca eficiência, esse foi um marco inicial para uma trajetória de luta e organização política árdua e contínua.
Na casa e na causa: a organização sindical das trabalhadoras domésticas (Rio de Janeiro, 1961-1973)
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Para falar sobre a organização sindical de trabalhadoras domésticas no Rio de Janeiro entre as décadas de 1960 e 1970, este livro analisa fontes diversas, como entrevistas de História Oral, jornais da grande imprensa, acervos particulares de militantes e figuras políticas, documentos da polícia política e documentos sindicais, bem como leis e projetos de lei. Toda essa diversidade de documentos ajuda a detalhar o rico e complexo cenário político e social dos anos de 1960 e 1970, período em que a organização sindical de trabalhadoras domésticas se proliferou no país e ganhou força para caminhar em direção ao movimento organizado que, ainda hoje, existe e resiste.