Manifesto de coragem, com certa sorte e crueldade, nestes ensaios Andreone nos convida ao ato ininterrupto da própria vida que se manifesta em um contato nevrálgico com o colonialismo, suas vicissitudes e modos de funcionamento, de captura, de ensejo e as tarefas imprescindíveis, em suas multiplicidades, que um pacto ativo com a vida, então, como o deslocamento desse modo de gestão da pulsão, em pacto com a aniquilação, exige. É de certa sorte tais empenhos de Andreone porque tais fabulações e atos pedem uma navegação implicada no que pode parecer, sob a ótica colonialista que nos habita, mesmo no ápice de nossos esforços em se desfazer de suas artimanhas, invisível ou mesmo micro, minimalista, sensível ou despossuído de materialidade; e a implicação neste livro exercida, à qual Andreone nos convida, é o endereçamento ao bando, distinto e que não prevê identificação, das tarefas que a recusa aos modos colonialistas exige. E se é possível dizer de algo que as imagens e rítmicas que a autora conjura nestas páginas pede por comum, para que se possa confanyar com suas condições, é um pacto radical com a vida, em seu sentido amplo, que não se encerra no corpo e não se contrapõe à morte, e conjuram fugas mais dignas das artimanhas colonialistas.
Ensaios sobre o colonialismo: higienização, corpos, fé e subjetividades em disputa
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Este livro te chama a olhar para as marcas profundas que o colonialismo deixou — e continua deixando — em nossos corpos, afetos, espiritualidades e modos subjetivos de existir. O colonialismo não ficou para trás — ele se atualiza nos corpos que são silenciados, nas sexualidades e identidades patologizadas, nas subjetividades que ele quer higienizar e nas espiritualidades que tentam disciplinar. A partir de uma escrita intensa e crítica, este livro contribui para entendermos como a higienização, a violência e a normatização operam como dispositivos vivos de dominação e assujeitamento. Assim, longe de propor um olhar nostálgico ou distante, este livro afirma que o colonialismo é presente e pulsante, atravessando as relações mais íntimas e os territórios subjetivos. Cada capítulo é um convite à denúncia, à reflexão e à insurgência. Andreone nos convoca a desobedecer às ordens que nos foram impostas, a desfazer a naturalização do sofrimento e obediência, a imaginar outras formas de ser e de se relacionar com o mundo. “Ensaios sobre o Colonialismo” é um gesto de coragem, um ato político e uma aposta radical na transformação. Se é fato que o colonialismo não acabou, é ainda mais certo que ele não nos venceu e não nos vencerá!