A viticultura romana em Columela: apropriação, ressignificação e experiência (séc. I d.C.)

Neste livro apresentamos a viticultura romana a partir da obra de Lúcio Columela (ca 4 a.C.-70 d.C.),  considerado um importante agrônomo romano, ao lado de Catão, Varrão,  Virgílio, Plínio, o Velho e Paládio. 

A obra De re rustica de Columela é considerada uma das mais importantes e extensas sobre a agricultura romana, e especialmente sobre a viticultura durante o primeiro século da nossa era.

Columela leva em consideração várias obras anteriores escritas sobre agricultura ou ciências afins, ora utilizando suas informações, ora criticando-as ou ressignificando-as, ora substituindo-as por novas experiências. 

A obra apresenta uma visão idealizada da viticultura desenvolvida no espaço de uma villa romana, e com um viés de racionalização da atividade no campo como estratégia para realimentar a atração pela atividade em Roma. 

As informações columelianas sobre a viticultura são corroboradas por importantes contribuições feitas pela pesquisa arqueológica que as sintonizam com as práticas documentadas particularmente na região de Pompeia, onde foram encontradas informações privilegiadas sobre a viticultura romana que antecede 79 d.C.

Columela indica que o vinho não era apenas uma bebida, mas tinha outras utilizações como medicamento animal e humano e que seus subprodutos serviam como alimento para animais e para aves. Técnicas de conservação das uvas garantiam a sua utilização como alimento durante todo o ano. 

Viticultores e apreciadores do vinho encontrarão nesta obra informações preciosas sobre a história da viticultura e a sua importância para a economia não apenas de Roma, mas de todas as sociedades mediterrâneas.