A falta de incentivo à cultura e as artes no governo atual

A falta de incentivo á cultura e as artes no governo atual

Desde o início do mandato do atual governo do Brasil, foram realizados diversos cortes em programas de incentivo à cultura e às artes, e cada vez mais esse setor tem sido negligenciado. Personalidades criticaram a falta de números oficiais da indústria criativa e defenderam mais políticas públicas.

O poder da arte na economia no Brasil é muito grande. Só em 2017 o setor contribuiu na injeção de cerca de 171 bilhões, segundo dados do Mapeamento da Indústria Criativa no País. No entanto, o governo vem remando contra a maré, mesmo após tantos prejuízos aos trabalhadores que movimentam o mercado da cultura durante a pandemia. Agora, mais do que nunca, a categoria precisa de um incentivos que parece cada vez mais distante.

Em março de 2021, o governo suspendeu o fomento a projetos culturais com público em estados com medidas de restrição. A notícia causou reações entre parlamentares e artistas.

Em portaria editada pela Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, projetos culturais que buscam patrocínio oficial nem terão a chance de passar por análise, caso sejam de locais onde o governo, devido à pandemia de Covid-19, tenha adotado medidas restritivas de circulação. A questão é: ao invés de fazer o corte, o governo poderia criar meios para que o setor não perdesse o incentivo.

No entanto, a medida, na verdade, seria uma forma de pressionar o fim dessas ações de proteção à população. O que é ainda mais preocupante. Segundo a gestora cultural, Chris Ramirez, que está há mais de 30 anos no mercado, “a portaria não tem intenção de incentivar o setor cultural nem a geração de empregos”, afirma.

Infelizmente, seguimos colecionando episódios que refletem o descaso e o desprezo do governo atual às artes. Recentemente, o Brasil assistiu ao drástico incêndio da Cinemateca Brasileira. Nesse caso, o Ministério Público de São Paulo já tinha tentado alertar o governo federal e chegou até mesmo a emitir um documento falando sobre o risco de incêndio na instituição.

Personalidades públicas, como Fernanda Montenegro, se manifestaram nas redes sociais para falar sobre o ocorrido. A atriz, fenômeno da dramaturgia, publicou um vídeo com um desabafo onde classificou o episódio como uma “tragédia anunciada”.

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