Uma pesquisa da Nielsen em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros mostrou um aumento na recuperação do mercado editorial em meio à pandemia. No entanto, segundo a Confederação Nacional do Comércio os pontos de vendas estão diminuindo desde de 2017, quando passou de 73,7 mil, em 2007, para 52,6 mil, dez anos depois. Na crise do coronavírus, o que salvou o setor foi o e-commerce, que concentrou o aumento nas vendas.
O aumento que deu esperança ao mercado editorial foi de 31%, e gera expectativas em livrarias, distribuidoras e sites de vendas de livros em direção a recuperação do setor. Entre os meses de agosto e setembro de 2020, cerca de 4 milhões de exemplares foram vendidos, resultando em um faturamento de R$ 154 milhões. Esse número apresenta crescimento também ao mesmo período em relação a 2019, período que ainda não tinha sido afetado pela crise sanitária.
As vendas online na pandemia contribuíram e muito para esse aumento. De propagandas agressivas a investimentos em campanhas de livros, os sites especializados em vendas trabalharam compulsoriamente para alcançar o crescimento e evitar a queda das ações.
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O gestor de divisão da Nielsen Bookscan, Ismael Borges, apontou o fato das grandes promoções terem sido relevantes nesse período: “As ações promocionais agressivas ficam bem evidentes quando olhamos para o vertiginoso aumento do desconto oferecido durante o período mais recente”.
No início da pandemia, com o registro dos números negativos do setor, empresas se preocuparam com a possibilidade de uma grande queda na comercialização de livros. Por conta disso, as ações foram rápidas e precisas, tanto que esse declínio no começo de 2020 está sendo compensado agora, aos poucos.
No valor de números acumulados no ano, o varejo contabilizou 26 milhões de livros comercializados, gerando um movimento de cerca de R$ 1 bilhão. E mesmo que os números ainda mostrem queda de 5,71% em volume e 6,48% em valores, quando comparado a 2019, percebe-se uma recuperação mês a mês.