Um verdadeiro “case study” interdisciplinar, focado numa produção cênica realizada em 2016 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, reunindo as mais diversas competências — de coreógrafos, cenaristas, bailarinos e músicos —, em torno de obras orquestrais de Heitor Villa-Lobos que, ao longo de mais de 40 anos, trataram do imaginário amazônico: Amazonas (1917–1929), Uirapuru (1917–1934), Erosão (1953), Alvorada na Floresta Tropical (1950), Floresta do Amazonas (1958). Essa releitura da música de Villa-Lobos através da dança constitui, portanto, uma contribuição importante, reduzindo uma lacuna, que ainda permanece extensa, nos estudos musicológicos sobre o compositor.
Manoel Corrêa do Lago, Academia Brasileira de Música.