“O trabalho de Milton Nascimento tem como ponto de partida a sua vivência em Três Pontas (MG) e a sua origem na Tijuca (RJ), e o resultado dessa fusão foi a mágica maneira de utilizar-se do som dos locais em que habitou e de uma tonalidade de voz poucas vezes vista em todo o planeta. Essa combinação voz e violão é de tal sorte rica, que em várias ocasiões seu estilo musical (hoje bastante mesclado da visão do mundo, advindo de suas turnês) foi definido como Word Music. Embora Milton Nascimento (1942 – ) declare, em uma de suas canções, que “Cidadão do mundo eu sou/Estrangeiro eu não vou ser”, sua obra é assim classificada. Para nós, brasileiros, Milton é aquele que agrega, na sua plateia, todas as gerações dos apreciadores da música de qualidade, pois no seu repertório há variações ricas, envolvendo o folclore, o regionalismo, os temas sociais, o amor, a visão do mundo. Do Barroco ao Moderno, procura abranger o seu percurso de cantor, compositor e intérprete, surgido no Festival da Canção da TV Record, em 1965, e que embora não tenha participado do Tropicalismo, Jovem Guarda e da Bossa Nova, teve suas incursões discretas, já que seu estilo diferenciava-se de tudo.”
Canção do sal: do Barroco ao Moderno na obra do Milton Nascimento
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Tendo como ponto de partida a sua vivência em Três Pontas (MG) e a sua origem na Tijuca (RJ), temos que o resultado dessa fusão foi a mágica maneira de utilizar-se do som dos locais em que habitou e de uma tonalidade de voz poucas vezes vista em todo planeta. Para nós brasileiros, Milton Nascimento é aquele que agrega na sua plateia todas as gerações dos apreciadores da música de qualidade, pois no seu repertório há variações ricas, envolvendo o folclore, o regionalismo, os temas sociais, o amor, a visão do mundo. Do Barroco ao Moderno procura abranger o seu percurso de cantor, compositor e intérprete, desde o seu surgimento no Festival da Canção da TV Record, em 1965, até suas composições do século XXI, levando em consideração as várias fases do contexto sociocultural e econômico do Brasil, que sempre estiveram presentes na obra de Milton Nascimento, obra esta que condensou todas as vertentes da MPB, fazendo de Milton o peregrino retratado em seu Cancioneiro Popular, no qual defende que “O artista deve ir aonde o povo está.”