Serena, porém, com movimento de toada selvagem e ritmada avidamente pela paixão ao pó da terra natal, a poesia de Josiel Barros se ascende com a claridade camponesa do tempo, sob o aroma de uma fl or mundana, que incendeia Piripiri, chão do Piauí. Ah, Piripiri! / mar latino tão distante […] afastado da infância, o poeta retoma as noites do passado vivo… a sua cidade é morena e nostálgica, as suas lembranças são açucenas, repletas de saudade… Na voragem do coração em névoa ardente, como quer Paul Celan, a poesia é uma espécie de regresso à casa. Retorno que Josiel Barros faz com o sentimento mais legítimo de pertencimento, que aponta o rastro celeste / da terra prometida.
Diego Mendes Sousa.