A poesia de José Sirqueira Abreu não resulta de uma arquitetura seca e objetiva, metricamente construída. Não, ela flui da simplicidade, em expressões de profundo lirismo e, assim, propositada. Aliás, bem disse John Keats: “Se a poesia não surgir tão naturalmente como as folhas de uma árvore, é melhor que não surja mesmo”. Pois, como percebia Benedetto Croce: “a poesia sobretudo é um ato lírico da maior e mais profunda experiência humana”.
Telúrico: a visão da terra e do céu
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Aqui nestes poemas estão expressos sentimentos advindos como insumos de toda uma leitura de vida, um caráter de resistência às fatalidades, as perdas, as lutas e trajetórias da existência, também a beleza e a suavidade do amor: “Eu te quis sol / Comigo todos os dias / Te sonhei lua / A namorada de todas as noites / Vieste chuva / À minha sede diuturna”.