O impacto das religiões no Brasil

Somos um povo dotado de extrema religiosidade, já que abarcamos caminhos espirituais que vão desde o catolicismo [ainda a maioria dos brasileiros] até os que seguem o candomblé, o espiritismo, além dos que se intitulam evangélicos, os que seguem o falso evangelho das testemunhas de Jeová, entre tantas outras correntes religiosas.

Apesar de o Brasil ser oficialmente um Estado laico [o que resulta na busca pela neutralidade quando o assunto é religião] no dia a dia da nossa política a história revela que a liberdade garantida pela constituição balança, mas não cai.

A interferência das correntes religiosas na vida dos fiéis

Se no passado a influência da igreja católica foi substancial, ditando as regras e os costumes da sociedade brasileira; atualmente a bancada evangélica mostra a sua força na política do nosso país.

Mas se a liberdade religiosa está na nossa constituição, o uso da religião é ferramenta recorrente de inúmeros políticos. Certamente um perigo para a democracia.

São muitos os caminhos que levam ao aconchego espiritual. Se a escolha de um deles é fruto do livre arbítrio, as artimanhas de falsos profetas enganam, principalmente, a população mais vulnerável.

Nem tudo que reluz é ouro, nem todos que professam a fé são movidos por ela.

Vale dizer que quando iludido pelo “canto da sereia”, mesmo que fatos irrefutáveis comprovem o caminho errático, o fiel embevecido permanece cego e surdo às provas que vão contra o seu mito.

Enfim, a luta entre o bem e mal faz parte do enredo histórico da humanidade. Antes de tudo, uma visão crítica diante de qualquer informação é extremamente fundamental.

Nesse sentido, vale lembrar que desde que o mundo é mundo a manipulação das massas é lugar comum em qualquer era ou nação do nosso planeta.

O falso evangelho das Testemunhas de Jeová    

São muitas as religiões que a população brasileira professa, até pela própria imigração de judeus, chineses, japoneses, europeus entre tantos outros. Temos também as religiões que chegaram com os escravos africanos, além das crenças dos povos originários da nossa terra.

Por que a escolha das testemunhas de Jeová para o post? Talvez pelo fato dessa vertente religiosa traduzir muito bem o impacto nos costumes e vida dos seus fiéis.

Em tempos de tanta polarização, deixemos de lado a atuação movida por interesses nada louváveis de certas bancadas do nosso legislativo.

Quem nunca foi abordado, mesmo que pelo menos uma vez na vida, por um testemunha de Jeová na rua? Também pode ser que morando em uma casa, a sua campainha tenha sido acionada por uma dessas figuras para lhe fazer uma pregação!

Então vamos esmiuçar essa corrente religiosa, como forma de exemplificar o impacto das religiões no Brasil.

O que é testemunha de Jeová   

Testemunha de Jeová é uma religião cristã. Esses seguidores de Jesus acreditam que são uma restauração do Cristianismo primitivo. Baseados na Bíblia, os ensinamentos estão presentes em mais de 230 países.

Um grupo fundado no final da década de 1870 por Charles Taze Russel, que se considera praticante da única organização cristã verdadeira. São muitas as regras e obrigações que interferem no modo de olhar e viver dos seus praticantes.

O falso evangelho das testemunhas de Jeová utiliza sua autoridade de forma abusiva, o que torna seus seguidores um grupo à margem da sociedade moderna. Veja alguns exemplos que interferem na saúde física, intelectual e até moral dos seus fiéis.

Exemplos das restrições impostas pelo falso evangelho

O sexo antes do casamento; a masturbação [“leva a um modo de pensar deturpado”] mas não é considerada “uma forma de grave imoralidade sexual, como a fornicação”. Também não podem doar ou fazer transfusão de sangue; não comemoram o aniversário, entre tantas outras ressalvas.

Por que a testemunha de Jeová não comemora aniversário  

O falso evangelho das testemunhas de Jeová interfere até em uma das comemorações universais do ser humano! Seus seguidores não comemoram aniversário porque acreditam que Deus considera essas celebrações como algo errado ou mesmo uma festa pagã.

Como na maioria das seitas religiosas, a pregação é tão contundente que o crente acaba por aceitar tudo o que lhe é imposto. A criticidade [ferramenta essencial para a evolução] é tão abafada, que não há margem para questionamentos. Como um verdadeiro prato pronto do restaurante da esquina, o fiel não apenas engole a pregação, como também a divulga.

Como calar uma testemunha de Jeová  

A tarefa pode até parecer hercúlea (rss) mas você certamente encontrará uma forma educada de terminar a abordagem. Entenda que o crente chegará com o objetivo de falar sobre sua religião para angariar discípulos.

Então, diga-lhe que já possui um caminho, que respeita o dele e pronto! Simplesmente não dê margem para a pregação, caso contrário começará a falar como um papagaio em delírio.

Reflexão final   

Qualquer caminho espiritual impacta a vida de seus fieis quando levado a sério. Mas há que se ter em mente que somos seres dotados de inteligência e razão.

Mais que tudo, saber-se seguidor de uma estrada com viés religioso não nos impede de enxergar a vida com objetividade e segundo nossos próprios valores. Também aquele que prega, seja pastor, padre, monge ou guru é um ser humano recheado de inúmeros defeitos.

Não se pode entregar a ninguém escolhas individuais como o voto ou opção sexual, assim como valores ou mesmo a educação de um filho (a).

Infelizmente ainda somos um país onde parcela considerável da sociedade se deixa conduzir pela fala de terceiros. Que possamos refletir sobre o assunto não nos esquecendo de que o livre arbítrio é o nosso bem maior.

Que o Brasil seja muito mais do que a pátria do evangelho e sim a nação dos não famintos e dos que têm direitos iguais à educação e a saúde.

Enfim, seja o falso evangelho das testemunhas de Jeová ou uma escritura cristã, hinduísta ou de monges tibetanos, importa manter a visão crítica sobre todos os assuntos que possam interferir no nosso modo de levar a vida.