Vírus (2019 – 2022): medo, solidão e desprezo por corpos negros

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Quando a pandemia chegou, a rotina por aqui já não era nenhum mar de rosas. As vítimas da desigualdade já agonizavam nos hospitais públicos. Os profissionais da saúde, da educação, das artes, das diversas áreas de produção já penavam por respeito. A fila dos desempregados e dos desesperados já era infinita. Mães pretas já choravam as mortes de seus filhos alvejados feito passarinhos nas caçadas noturnas dos armados. O racismo assassino não dá trégua há 500 anos, e seus adeptos estão sempre a postos, à espera de uma brecha para dar as caras. Enfrentar essa legião de olhos vermelhos é a rotina dilacerante de grande, enorme, parte da população brasileira não reconhecida como cidadãos.