Escrever história da África no Brasil foi uma operação de início ainda no século XX. Entretanto, os olhares para as problemáticas históricas das sociedades africanas tomaram grandes proporções a partir de 2003, com o ensino obrigatório deste conteúdo na Educação Básica. O debate envolveu reformas curriculares, a inserção de autoras e autores desconhecidos do público brasileiro nos materiais de estudo; além de uma descentralização eurocêntrica que veio a contribuir epistemologicamente para as construções dos conhecimentos, principalmente nos terrenos das Ciências Humanas, Sociais, Letras e Artes. Uma mensuração dos impactos das ocorrências historiográficas na trajetória recente desta área de formação fez-se necessária na medida que precisávamos delinear os reconhecimentos, quantidades e temáticas que os trabalhos sobre África vinham a desempenhar. Portanto, o elemento fundamental das correntes atlânticas das trocas comerciais se voltaram no século XXI para uma forja epistemológica que não é mais possível de ser contornada: pensar sobre África no Brasil se tornou um engajamento frutífero e duradouro.
Os estudos de África na historiografia brasileira (2003- 2016)
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A produção de conhecimentos sem África na atualidade é uma impossibilidade. O volume de debates, falas, escritas e experiências que se movem no entorno da temática são possibilidades de construção de novos caminhos epistemológicos. Na área de História, a inserção da história da África como conteúdo curricular obrigatório na Educação Básica fez com que o ensino superior se repensasse e se remodelasse. Para compreendermos esse impacto, pretendeu-se mapear os estudos realizados na área de História entre os anos de 2003 e 2016 que se debruçaram na História da África como seu objeto de análise, apresentando seus conflitos, trajetória e formação.