Existem histórias que marcam a trajetória de uma época e oferecem conteúdos profundos que permanecem ao longo do tempo. Uma dessas histórias é a do filósofo francês Emmanuel Mounier (1905-1950) que, com apenas vinte e cinco anos, decide abandonar a carreira universitária para dar vida, com um grupo de amigos, a um projeto cultural – a revista Ésprit – que será um ponto de referência para gerações inteiras. Numa época – a dos anos 30 do século passado – caracterizada pelo advento daqueles totalitarismos que assolaram o Ocidente durante cerca de vinte anos, Mounier elaborou uma filosofia de inspiração cristã, capaz de oferecer ferramentas críticas a todos aqueles que não aceitaram se adaptar ao sistema. Nas páginas da revista Ésprit, Mounier e os seus colaboradores, ditaram as linhas programáticas de um percurso cultural que não prescindiu de colocar no centro a dignidade da pessoa e, deste ponto de vista privilegiado, analisar todos os aspectos da sociedade colocados à prova pelos totalitarismos. Por isso, podemos falar de economia personalista, como também de política e espiritualidade personalistas. As páginas deste livro, valendo-se diretamente das fontes encontradas na Biblioteca Personalista localizada na antiga residência dos Mounier e seus colaboradores em Les Murs Blancs em Châtenay-Malabry, perto de Paris, tentam reconstruir os primeiros passos que Mounier e seus colaboradores levaram no início do século passado, para dar vida à revista Ésprit, analisando também os seus temas fundamentais.
O personalismo de Emmanuel Mounier: origem, temáticas e atualizações
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Emmanuel Mounier (1905-1950) é conhecido como o pai do Personalismo Comunitário, corrente filosófica surgida na década de 1930. Juntamente com um grupo de jovens universitários, está na origem da fundação da revista Ésprit (1932). É precisamente nas páginas desta revista cultural que nascem as intuições mais originais da Filosofia Personalista. O pensamento de Mounier oferece insights muito atuais porque foi elaborado no momento da grande crise econômica que, na década de 1930, chocou o Ocidente, provocando a crise das democracias e abrindo caminho para o advento dos totalitarismos. Retraçar o nascimento do Personalismo, que acompanha os primeiros números da revista Ésprit, analisando também os pilares do pensamento de Mounier, é o objetivo deste livro.