Em monólogo sobre

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“Devo dizer que fui roubada em minhas ideias. Entre 2016 e 2017, produzi um diário. Não sabia, porém, que existiam leitores sem que eu quisesse. Desde quando serei tomada por escrava? Exijo reparação.” O que a personagem diz é o que tem reparação a partir de sessões de psicanálise onde recupera a força que antes existiu em si — força de que necessita para continuar a viver, a despeito do estresse pós-traumático de ter a sua vida, no íntimo desta, invadida pelo olhar alheio. Viver: contra qualquer elemento obstante que apareça à frente de si, ainda que estes sejam os fantasmas insepultos de Hegel e Marx.