Memórias que não se apagam

Eu sou uma mulher comum, agora com 70 anos, mãe, avó, aposentada, que fez da leitura e da escrita sua grande paixão. Estudei até o colegial e, mesmo não conseguindo fazer um curso superior, o meu amor pelas letras, pela ciência, pelo conhecimento de tudo o que eu pudesse aprender, tornou-se o propósito da minha vida. Tive a sorte de cursar um colegial na época em que a escola pública era o sonho de muitos, pela sua qualidade superior de ensino; e os ensinamentos que recebi e assimilei superaram o ensinamento de muitas das faculdades atuais. Eu sempre escrevi, desde os 11 anos de idade, e, quando prestei o exame para admissão ao curso ginasial, minhas provas de português e latim receberam a nota máxima e eu comecei a ser incentivada pelos meus professores para tornar-me escritora.