A física quântica, a cibernética, os avanços da biologia, dentre outros campos, demonstram, com inúmeros exemplos, os limites da perspectiva científica analítica, estabelecendo a necessidade de uma perspectiva complexa, que explique as propriedades emergentes das relações entre elementos sistêmicos, em variados graus de interação. As classes dominantes já se apropriaram das novas ciências da complexidade porque precisam delas para conhecer a realidade complexa e manter a acumulação do capital gerada pela reprodutibilidade do seu metabolismo social. Para o reconhecimento e posterior mitigação/superação de problemas socioambientais no contexto do sistema capitalista, a dialética e a complexidade são fundamentais, pois permitem o estudo das contradições a partir de uma visão de totalidade aberta, capaz de vislumbrar alternativas sistêmicas que contemplem o desenvolvimento humano e a sustentabilidade ambiental.
Complexidade, capitalismo e ciências ambientais: paradigmas, teorias e estudos de caso
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O livro “Complexidade, capitalismo e ciências ambientais”, fruto do trabalho de diversos professores-pesquisadores, aborda a questão do novo paradigma da ciência, a saber, a complexidade. Tal paradigma é compreendido dentro de um contexto de crise do capitalismo, incluindo de modo decisivo questões pertinentes às ciências ambientais, desde aspectos teóricos a estudos de caso. Nesse sentido, os cinco primeiros capítulos tratam das diferenças entre o “velho” e o “novo” paradigma da ciência, perpassando teorias das ciências naturais e sociais, enquanto os três últimos capítulos apresentam estudos de caso sobre questões socioambientais. Este livro reúne parte da produção acadêmica comum aos organizadores, envolvendo o trançado complexidade-capitalismo-ciências ambientais.