No final das contas queremos a felicidade. Muitas vezes a projetamos nas pessoas com as quais nos relacionamos. Assim como a utopia – sempre almejada e longínqua que perseguimos enquanto ela se afasta, por isso caminhamos – são os relacionamentos amorosos. Uma busca incessante por prazer, que passa pela mentira, traição, cansaço, paixão, tesão, erros e, sobretudo, aprendizado. Veja nas crônicas desse livro exemplos de pessoas nessa busca, onde os casos fortuitos, expõe ultrajes, cenas de sexo, depreciação e até mesmo abusos sexuais.
Casos fortuitos
R$40,00
Nas sete histórias do livro você vai se identificar, se revoltar, se excitar e principalmente se divertir com “Os casos fortuitos” de pessoas que se relacionam da maneira mais comum possível: com fraquezas, interesses sexuais, medos, manipulação e sobretudo, incertezas. Por bairros de Mogi das Cruzes, vai saber se você já não cruzou com gente ouvindo sua conversa entre amigos enquanto você confessa seus maiores vexames sexuais (alguns traumáticos). Sabe-se lá se você já não estava no mesmo trem que Maria enquanto ela segurava o prêmio acidental e pegajoso recebido sem querer. Ou já se sentiu como Zoreba que vence um torneio com a peãozada da fábrica, mas é proibido de ostentar seu troféu, o que quase lhe custa a amputação das “partes”. Vai saber se você não conheceu Jamile, tão autodepreciativa por conta das gorduras e cicatrizes oriundas do passar do tempo e da maternidade. Será que você não estava presente na festa da firma, que a esposa não foi, embora tivesse planos excitantes, mas usufruiu – a contragosto – do que tinha em casa. Ou no chá de bebê da desejada grávida, cuja presença no mesmo vagão e mesmo horário, entre Mogi e Suzano, arrebatava de paixão certos degenerados. Por último, desejo que não tenha tido uma fístula na sua retaguarda, como o autor desse livro, que o tenha deixado vulnerável e um tanto alucinado com os esfíncteres. Mogi é pequena, vai saber.