A obra é resultado do projeto acadêmico realizado ao longo da pandemia de covid-19. O IMAM-BR Podcast entrevistou renomados pesquisadores e professores de História e Ciências Humanas em geral discutindo temas pertinentes à história do Brasil Republicano desde a proclamação da República até o governo derrotado nas últimas eleições democráticas, passando por discussões sobre Estado, política, economia, cultura, história das mulheres, do movimento negro, dos indígenas, do movimento LGBTQIAP+, dentre outros. Os 31 especialistas entrevistados foram: Cláudia Maria Ribeiro Viscardi (UFJF), Claudio Batalha (UNICAMP), Martha Campos Abreu (UFF), Magali Gouveia Engel (UFBA), Monica Pimenta Velloso (FCRB), Marieta de Moraes Ferreira (UFRJ/FGV), Lúcia Lippi (FGV), Marly de Almeida Gomes Vianna (UFScar), Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG), Angela de Castro Gomes (UFF/UNIRIO), Lucília de Almeida Neves Delgado (UFMG/UNB), João Roberto Martins Filho (UFScar), Carlos Gabriel Guimarães (UFF), Jorge Ferreira (UFF), Marcos Napolitano (USP), Daniel Aarão Reis (UFF), Carlos Fico (UFRJ), Maria Paula Nascimento Araújo (UFRJ), Mário Grynzspan (UFF), Carla Simone Rodeghero (UFRGS), Francisco Carlos Teixeira (UFRJ), Fernando Lattman-Weltman (UERJ), Dulce Pandol (UC-UFRJ), Amilcar Araújo Pereira (UFRJ), Joana Maria Pedro (UFSC), Hildete Pereira de Melo (UFF), Benito Bisso Schmidt (UFRGS), Juciene Ricarte Cardoso (UFCG), Américo Freire (FGV), Lilia Moritz Schwarcz (USP), Renato Lessa (PUC-RIO).
Brasil República Podcast: conversas sobre nossa história
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O projeto levado a cabo pelas professoras Andréa Casa Nova Maia (UFRJ) e Karla Carloni (UFF) merece ser saudado, por vários motivos, a começar pelo inusitado fato de unir docentes de diferentes instituições em torno da disciplina História do Brasil República, presente nas grades curriculares dos cursos de licenciatura e bacharelado em História de todo o país. A iniciativa foi uma resposta criativa à difícil conjuntura imposta pela pandemia, que alterou rotinas e práticas cotidianas nos mais diversos setores, aí incluídas as atividades didáticas e de pesquisa nas universidades. Se é certo que a troca de mensagens por aplicativos, os podcasts e o Youtube estavam disponíveis bem antes de 2020, o isolamento social imposto pela conjuntura pandêmica difundiu, em escala até então inédita, o trabalho remoto, os grupos de WhatsApp, as reuniões, os eventos, as defesas e as aulas por videoconferência. Mesmo os mais reticentes às tecnologias da informação e da comunicação tiveram de se render e dominar os botões de diferentes aplicativos para participar de encontros virtuais de toda sorte, inclusive no âmbito familiar. O material reunido pelo projeto fornece informações instigantes, seja das interpretações vigentes no campo historiográfico, seja das desventuras que se têm abatido sobre o país, configurando um testemunho relevante para aqueles que, tanto hoje quanto no futuro, aventuram-se a compreender esse nosso tempestuoso presente.
Tania de Luca, Unesp/CNPq.