Nas décadas de 1980 e 1990, o Brasil acompanhava o estado da arte no desenvolvimento de tecnologias de comunicações ópticas. Naquela época, desenvolver tecnologia nacional era motivo de orgulho. Foi nesse ambiente que os EDFAs (amplificadores à fibra dopada com érbio) foram pesquisados e desenvolvidos no CPqD, um centro de pesquisas em telecomunicações que, na época, fazia parte do Sistema Telebras e hoje é uma fundação privada. Os EDFAs, em particular, promoveram uma revolução na tecnologia das fibras ópticas desde seu surgimento, em meados da década de 1980, permitindo que sistemas ópticos de ultralonga distância, com taxas de transmissão superiores a 100 Gbit/s, se tornassem comuns hoje em dia. Por esse motivo, esta obra descreve as histórias do desenvolvimento dos EDFAs e das tecnologias de redes ópticas viabilizadas por este desenvolvimento, no CPqD, no Brasil e no mundo, ao longo das décadas e até o presente, além do estímulo para sua comercialização por empresas genuinamente nacionais.
Histórias do EDFA: o revolucionário amplificador óptico à fibra
R$52,00
Em um passado não muito distante, houve um tempo em que desenvolver tecnologia nacional era motivo de orgulho. Esse é o caso dos amplificadores a fibra dopada com érbio – EDFA. Em 2024, celebramos 30 anos do teste de campo do EDFA na Telesp, do desenvolvimento dessa tecnologia no âmbito industrial e da sua transferência para a indústria nacional. Este livro é um registro das histórias, principalmente do CPqD, sobre os EDFAs e os sistemas que revolucionaram as comunicações ópticas, trazendo incontáveis benefícios indiretos ao nosso processo de comunicação pessoal.
Peso | 0,162 kg |
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Dimensões | 23 × 16 × 2 cm |
Editora | Telha |
Autor | João Batista Rosolem, Sergio Celaschi, Danilo César Dini, João Batista de Mello Ayres Neto |
ISBN | 9786554124874 |
Número de páginas | 110 |
Ano | 2023 |
João Batista Rosolem formou-se em 1996, com mestrado em 1990 e doutorado em 2005. Todos títulos obtidos na Escola de Engenharia de São Carlos da USP. Entrou no projeto dos EDFAs do CPqD-Telebras em 1993, sendo responsável pela montagem dos primeiros protótipos. Graças à sua experiência em testes de campo de acopladores ópticos, coordenou, em 1994, o teste de campo do primeiro EDFA instalado no Brasil. Coordenou o projeto de industrialização do EDFA e transferência de tecnologia. Posteriormente, de 1998 a 2012, envolveu-se com o desenvolvimento e treinamento de novos EDFAs, sistemas DWDM e sensores ópticos. Atualmente é pesquisador sênior do CPqD.
Sergio Celaschi concluiu a graduação em 1974 e mestrado em 1977, em Física, pelo Instituto de Física e Química de São Carlos, da USP. Em 1977, iniciou seu doutorado no Departamento de Física da UFPE em Recife/PE, terminando o programa em 1983, na Stanford University - Department of Applied Physics. No CPqD- Telebras, durante 15 anos, coordenou o grupo de P&D, em processos de fabricação para transferência de tecnologia de fibras ópticas, amplificadores ópticos e dispositivos ópticos para diversas indústrias nacionais. No projeto dos EDFAs do CPqD-Telebras, envolveu-se no modelamento teórico, teste de campo e desenvolvimento de multiplexadores ópticos. Atualmente é pesquisador sênior do CTI (Centro Tecnológico Renato Archer).
Danilo César Dini graduou-se em Análise de Sistemas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC), em 1979, e obteve o mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1988. Entrou no projeto dos EDFAs do CPqD-Telebras em 1989, participando do processo de fabricação e caracterização das fibras dopadas com érbio e do teste de campo do EDFA. Atualmente, dedica-se a ações sociais no terceiro setor.
João Batista de Mello Ayres Neto possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1976, e mestrado em Física pela mesma instituição, em 1978. Iniciou as pesquisas sobre fibras dopadas com érbio em 1988, além de desenvolver e caracterizar as fibras dopadas com érbio produzidas no CPqD-Telebras. Desenvolveu e testou os primeiros circuitos de EDFAs no CPqD. Posteriormente, já na Padtec, de 2013 a 2014 trabalhou com EDFAs para sistemas submarinos. Atualmente está aposentado.