Depois dos 60, Angela resolveu abrir as gavetas de sua vida. Estavam abarrotadas, naturalmente, já que ela escreve, desde sempre, histórias de família, de amigos, de viagens, de personagens reais e imaginários, um universo sortido e variado em que tudo, na mão dela, vira crônica. Angela decidiu botar o coração na reta a partir de julho de 2021, durante o recolhimento imposto pela pandemia. Abriu as gavetas e despejou seu conteúdo para uns poucos amigos no Facebook, ferramenta que mal conhecia. As gavetas mal começaram a se abrir, e já havia amigos debruçados sobre elas buscando seus escritos – entre eles, este locutor que vos fala! Dona de uma consciência social afiada, Angela escreve fácil, sem rebuscamento. Um texto que nos chega com sabor de quero mais. Ao caminhar sobre suas linhas – e, sobretudo, suas entrelinhas –, me vem a certeza de que sua visão de mundo tem contribuído para aumentar a quantidade de amigos, entre professores, jornalistas, escritores e admiradores de suas postagens.
Carlos Eduardo Novaes