Ao primeiro dia do mês de julho do ano de 1954, idealizada pelo Professor José Ferreira Martins Junior, foi inaugurada a Escola para Cegos “Helen Keller”, em Ribeirão Preto. Considerada como o primeiro serviço para o atendimento da pessoa com deficiência visual e/ou cega da cidade de Ribeirão Preto, a mesma tinha como objetivo ser uma escola onde o cego tivesse acesso ao conhecimento através do sistema Braille, e pudesse se educar e instruir. Isto porque, seu fundador creia que ao oportunizar educação e instrução, estas lhe seriam úteis as próprias pessoas cegas, bem como à sociedade, permitindo com que as pessoas cegas não mais fossem vistas como dignas de dó; mas sim, com direitos e deveres que contribuíssem para sua integração à sociedade. Ao longo do livro, ao resgatar a história da Escola para Cegos “Helen Keller” conjuntamente com a memória de seus ex-alunos, por meio tanto da oralidade quanto pelos vestígios de práticas que puderam ser encontradas, poderá se observar algumas das formas de revelar qual a importância da mesma à educação no período inicial do ingresso dos estudantes com deficiência visual e/ou cegos nos espaços escolares de Ribeirão Preto e das cidades vizinhas, bem como os modos de pensar de seus atores numa determinada época, cercada por uma história cultural da escola que se tornou sedimentada.
Entre histórias e memórias
R$45,90
Podendo ser visto como um trabalho essencial à história da Educação Especial, e desenvolvido mediante a valorização da Cultura Escolar, dando um novo sentido social e interpretando a dimensão das experiências vividas e da memória a respeito da escolarização, o livro, Entre histórias e memórias: a trajetória da Escola para Cegos Helen Keller de Ribeirão Preto, por meio do estudo de diversos documentos que há muito “talvez” estivessem esquecidos e sendo “manipulados pelo silêncio”, busca contar além da história da Escola para Cegos “Helen Keller” e de seu fundador, revelar o momento histórico vivenciado, os fatos a respeito da educação e das políticas públicas às pessoas cegas e/ou com deficiência visual à época e a importância da escola e do próprio ensino na vida dos alunos que lá estudaram.