NOSSOS PROJETOS
EM ANDAMENTO
No Brasil, os motéis fazem parte da paisagem urbana contemporânea. Facilmente reconhecíveis e acessíveis, são destinados a abrigar, com toda discrição, relações amorosas e sexuais.
Muito populares, esses estabelecimentos se tornaram uma realidade incontornável na sociedade brasileira e formam um importante setor econômico. Porém, continuam situados em um espaço liminar, associado à transgressão.
Como o modelo de motel norte-americano — um simples hotel de beira de estrada — transformou-se em love hotel ao chegar ao Brasil no fim dos anos 1960?
Por que a maioria de brasileiros, adultos de todas as idades, meios sociais ou orientação sexual, é atraída por esses estabelecimentos?
Esses drive-in do amor podem ser considerados emblemáticos de uma sociedade consumista e sexualmente desinibida?
Jérome Souty, é francês, antropólogo formado pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS Paris, 2005), autor de diversos artigos e dos livros “Pierre Fatumbi Verger: do olhar livre ao conhecimento iniciático” (Terceiro Nome, 2011 – publicado na França em 2007); “Motel Brasil. Une anthropologie des love hotels” (Paris, Riveneuve, 2015) e “La Rencontre des Cultures” (Paris, Le Cavalier Bleu, 2011).