Após quase duas décadas no Norte da África, Carlo regressa a Roma. Saturado da violência do Sahel, jamais esquecerá de suas vivências nas margens do Saara. Nessas terras áridas e perigosas, foi guiado pelo leal Boateng, um ex-escravo da etnia Bellah. Ocultos nas sombras das dunas e nas encostas das montanhas, evitavam as rotas dos contrabandistas e dos traficantes de seres humanos, onde milicianos e extremistas armados prosperam em zonas de garimpos, numa das regiões mais perigosas do planeta. Nesse tempo, o médico italiano conheceu a agonia dos migrantes que cruzam o deserto rumo à Europa. Marcado pela dor dessas pessoas, retorna à Itália, onde desafiadoras surpresas aguardam por ele. Herdeiro de uma enorme fortuna, o rico investidor que antes partiu para exercer a medicina em terras africanas agora enfrentará uma sociedade reacionária. Ciente de haver cruzado o abismo que separa dois mundos, lutará contra a intolerância e o preconceito. Surpreendido por questões familiares desconhecidas, ressignificará as memórias do seu passado. Nesse cenário complicado, amizades sinceras e amores verdadeiros fortalecerão sua luta humanitária. Por fim, a esperança surgirá com novos sentimentos, como o brotamento que sucede as chuvas e tinge de cores as areias do Sahel.
Contrabandistas de sonhos e traficantes de vidas: a miséria hereditária no Sahel
R$55,00
Anualmente, milhares de migrantes cruzam o Mediterrâneo na busca por um futuro melhor. O número cresce a cada ano e muitos perdem a vida na travessia dessas águas perigosas. No entanto, para cada desembarque bem-sucedido, muitos morrem atravessando o mar de areia do norte da África. Seus corpos ficarão esquecidos no deserto. Herdeiros da miséria de um passado colonialista que abandonaram suas terras na busca de um paraíso ultramarino. O romance dá voz às vítimas da exploração humana no Sahel. Fala de pessoas que deixam o continente africano na esperança de fugir da violência. Temperado com uma visão baseada em forte empatia, a narrativa convida o leitor a refletir sobre a necessidade de experimentar novas perspectivas, como forma de tornar a sociedade globalizada mais justa e melhor para todos.