Queda dos índices de desemprego x realidade 

Recentemente foi comemorada a queda dos índices de desemprego, mas a realidade contrasta diretamente com esses números. A pergunta que não quer calar é: até que ponto isso casou um impacto real na vida do cidadão brasileiro? 

Segundo o IBGE, os dados divulgados em 31 de maio de 2022 mostram que a informalidade crescente é o que está sustentando essa queda nos índices de desemprego. Ou seja, não foi o aumento de oportunidades no mercado de trabalho, e sim a luta pela sobrevivência dos cidadãos. As pessoas estão se virando como podem e o governo não oferece um plano eficaz para injetar ou gerar novos empregos. 

O que caiu, de fato, foi a taxa de desocupação. O número de pessoas ocupadas é bem maior que o de pessoas com carteira assinada, apontando para a informalidade desses trabalhos. Dessa forma, existe um número maior de pessoas que não estão sob o regime CLT.

Livro “Somos 14 milhões, e agora? Crônicas do Desemprego, Trabalho e Carreira”

Atualmente, a taxa de desemprego aponta para 11,3 milhões de pessoas, um número extremamente alto. No entanto, o número se afasta da perspectiva estimada no início do ano, que era de 14 milhões, segundo projeção da Organização Internacional do Trabalho (OTI). 

Sob o olhar da jornalista Carolina Abelin é possível entender melhor esse contexto e descobrir por que os fatos parecem validar mais os 14 milhões e descredibilizar os 11 atual.  Em “Somos 14 milhões, e agora? Crônicas do Desemprego, Trabalho e Carreira”, a jornalista reúne sua visão sobre esse cenário de forma mais abrangente.

“Todos esses temas são subjacentes ao ponto central tocado pela autora deste livro: de que valem a ocupação e o emprego descolados da condição humana, da ideia de que trabalhamos todos, solidariamente, para prover uma vida em comunidade?”.

Marcelo Canellas, ao descrever o livro no site da Editora Telha

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